O Primeiro Domingo de Hora do Horror: Déjàvu

    Como muitos puderam acompanhar lá no nosso Instagram, estivemos, ontem (05), no País Mais Divertido do Mundo para conferir o primeiro domingo de uma edição mais que especial da Hora do Horror, completando 20 anos do maior evento de horror da América Latina. Dada a ocasião especial, num dia um tanto quanto problemático, resolvemos trazer nosso relato completo, junto a todas as nossas dicas aos que vão se aventurar por lá nas próximas semanas, além de críticas, elogios e sugestões ao evento mais aguardado do calendário de Hopi Hari. Vamos lá?

    
    
  

Já prevendo o altíssimo público dada as condições, nos planejamos e chegamos ao parque às 9h35 e, acredite, já estava com um movimento MUITO considerável, cheio de ônibus de excursões que traziam visitantes aos milhares. A primeira novidade é que, agora, o estacionamento, que está terceirizado pela empresa Estapar, já está sendo cobrado na própria catraca no momento da chegada, o que agiliza um tempo muito considerável e evita filas no final do dia, com todos cansados, para validar o mesmo que, atualmente, está saindo 40 reais para carros.

    Antes de qualquer coisa, são formadas duas filas para a aferição de temperatura que acontece de forma bastante rápida e passa os visitantes pra segunda etapa, das revistas, que contavam com filas que avançavam um pouco mais lento, mas nada tão comprometedor. De qualquer forma, vimos que, em horários mais próximos das 11h, a fila para aferição já começava a chegar próximo das catracas de entrada dos carros (sim, gente). Portanto, aí vai a primeira dica: se puder, chegue o mais cedo possível para poder aproveitar os primeiros minutos de parque com menos pessoas e, também, entrar no parque mais cedo, já que estão abrindo os portões antes das 11h para escoar o público continuamente, o que ajudou bastante a não causar aglomerações logo no Imigradero.





    Falando, agora, sobre os valores dos ingressos, já emendamos outra dica: compre antecipado pelos canais de venda oficiais do parque. Além de poupar um bom dinheiro, você também evita mais essa fila (a menos que faça parte de alguma das exceções, como estudantes, que as vendas deste ingresso especial só é feita presencialmente).

    Aliás, foi nessa fila que demos a sorte de flagrar algo bem inesperado: máquinas mexendo no terreno da finada 10i, montanha-russa comprada pelo parque há alguns anos que, infelizmente, teve um final muito triste e acabou não sendo montada por aqui, saindo do país. Acreditamos que seja apenas para limpar o espaço que está bem abandonado, mas, de qualquer forma, a gente não queria ser Alice sozinho, né, já que somos todos alice? Então, está lançada a fanfic.





    Era umas 10h30 e já estávamos dentro do parque. O fluxo bem rápido das catracas, juntamente com a abertura antecipada dos portões é realmente um grande ponto positivo desse comecinho das operações em época de Hora do Horror. Bem ali, em Kaminda Mundi, no Cinétrion, é vendido o Vip Pass, tradicional fura-fila que dá ao comprador a oportunidade de ir a 12 atrações dentre as principais sem pegar filas (em teoria), por 199,90 para adultos e 79,90 para as crianças (em atrações infantis). Aqui, acreditamos que se deve ter um maior controle do número de passes disponíveis diariamente, com relação direta ao número de visitantes previstos, para evitar um comprometimento muito grande do andamento das filas das atrações. Como se não bastasse, na prática, as próprias filas de pessoas com vip acabam chegando em até 1 hora, gerando uma imagem muito negativa pro parque.

    Descendo as escadarias em direção à cobiçada área de Mistieri, já se formavam filas no pórtico de cada atração, no aguardo para as aberturas. Nossa sugestão, desta vez, é que uma atração ou outra começasse a operar antes do horário oficial, para colaborar nesse escoamento de público ou, pelo menos, um adiantamento da abertura das filas, para que não gere o caos de uma série de filas se cruzando sem sinalização/delimitação alguma. Isso também acaba gerando um pensamento muito negativo pra maioria dos visitantes que veem de longe e não sabem que os labirintos ainda não foram abertos.

    Ainda falando sobre as filas, na maioria delas está havendo uma organização dentro dos labirintos, feita por alguns funcionários sinalizados com coletes verdes, para evitar aglomeração. Apesar de realmente colaborar com a segurança dos visitantes, novamente, quem olha de longe as filas saindo dos pórticos, nunca vai imaginar que, em grande parte, é por este motivo e talvez acabe se assustando bastante. 



    Agora, falando sobre outro ponto crucial: horário de funcionamento das atrações. Mesmo depois das 11h, horário "oficial" de funcionamento do parque, poucas atrações estavam abertas. Ekatomb Anunnaki, por exemplo, abrindo às 11h15, Montezum, abrindo 11h30 e fechando às 18h. Ainda houveram outros casos ainda mais graves, como o Katakumb, que abriu às 14h e funcionou por menos de 3 horas. Falta de funcionários para dar conta de um possível quadro de operações mais extenso? Provavelmente. 

    Ver apenas 1 funcionário responsável por toda a operação, checagem de travas, higienização dos assentos e carimbo dos VIPs, situação que vimos no Parangolé, é realmente crítico para a maior temporada do parque, erro que não é a primeira vez que acontece e que, provavelmente, não será a última vez. Havia um alto público ontem? Sim. Haviam funcionários suficientes pra atender tal demanda? Não, o que ainda acaba prejudicando o desempenho dos que tinham por lá e acabam indo a exaustão. Contratar mais pessoas e treiná-las com a devida antecedência, especialmente para esse período de 3 meses em que o público se eleva é essencial, investimento que se faz MUITO necessário para a ocasião e para uma melhor experiência dos visitantes.


    Um ponto positivo que pudemos curtir ontem (sem filas!!), foi a Missão Nuclear, novo filme que está sendo apresentado no Cinemotion, em Aribabiba, que estava planejado para receber a Virtual Montezum, cujo projeto aparentemente foi deixado de lado nesses últimos meses, sem nenhuma nova informação divulgada. A atração volta no melhor momento para se tornar mais uma opção e colaborar com o escoamento dos visitantes. Apesar de ainda ser um filme fraco, é MUITO melhor do que o último apresentado por lá, na época em que era uma atração do personagem Lanterna Verde. Rola até um pré-show super bonitinho, adaptado à história de Hopi Hari. Agrada na medida certa, novidade aprovadíssima.


    Outra novidade que tem nos surpreendido bastante nos últimos meses foi a maior presença dos souvenirs da marca Hopi Hari. Além das tradicionais camisetas com a logo do parque e de outras regiões, há, agora, modelos lindos da Hora do Horror e, mais recentemente, da principal atração do parque, a Montezum, que agora tem produtinhos exclusivos pra chamar de seu. Copos, camisetas e chaveiros integram a lojinha de saída que também voltou com a foto on-ride que nos fazia tanta falta, dessa vez, com um encarte MA-RA-VI-LHO-SO, contando, brevemente, algumas curiosidades do passeio. 1 foto sai por 29,90 e duas, 49,90. Ah, você também recebe um QR Code pra poder baixar a foto em HD na internet. Choramos de felicidade??? SIM.







    Vamos falar, agora, sobre a Hora do Horror em si? Em sua vigésima edição, Déjàvu apresenta seu personagem principal Vidutus, responsável por trazer os mais tenebrosos flashes de todas as edições passadas ao longo de um percurso ao ar livre de mais de 1 quilômetro de extensão que se inicia em Kaminda Mundi e segue até a divisa entre as áreas de Aribabiba e Mistieri. Mas, antes de pular pro principal, vamos explorar o que, pra gente, foi o ponto mais alto do nosso dia: o Horror Live Show: Amor de Sangue, apresentação que ocupa temporariamente o espaço do O Forasteiro no Saloon, em Wild West.

    Explorando a temática de vampiros, o show traz consigo uma nostalgia gigantesca com uma trilha sonora de respeito, feita e interpretada ao vivo pela banda do espetáculo, repleta dos maiores hinos que marcaram os shows de abertura e encerramento dessas 19 edições que compõem a incrível história do evento. Tudo isso, unido às coreografias icônicas e desempenho sensacional do elenco, entregam o que, pra gente, é o maior triunfo dessa edição. Faça um esforço para almoçar por lá, chegue pelo menos 1 hora antes para garantir seu lugar e não perca essa oportunidade. Você definitivamente não vai se arrepender!





    Para aqueles com crianças, a Hora do Horror também reservou um espacinho especial pra elas com um show só delas no Klapi Klapi Show, na área de Infantasia, com o espetáculo infantil Halloween Hari, que traz a famosa personagem Harikadabra e companhia em duas apresentações, às 14h e 15h. Não assistimos, mas não temos dúvidas de que os menores vão amar essa versão um pouquinho mais calma da HDH.


    Agora, sim, o prato principal. Mesmo com a trilha do horror começando apenas às 18h30, o público já se junta bem antes no pórtico de LED de Déjàvu, instalado bem ao lado da futura Le Voyage. Depois de problemas com o fluxo contínuo do público no sábado, ontem, já observamos algumas melhorias bem relevantes, começando pela liberação, agora feita em grupos, a partir do primeiro portal, da edição de 2002. Isso ajudou bastante para que tenhamos espaço o suficiente pelos caminhos (alguns bem estreitos devido aos cenários espalhados ao longo deles) para curtir os monstros e ser assustado. No entanto, antes disso, o público fica BEM aglomerado nas duas filas separadas por grades e, aqui, não vemos muitas saídas dessa situação um pouco complicada.


    Falando em cenografia, está tudo realmente um espetáculo. São tantos elementos pelas ruas de Wild West e Aribabiba que, certamente, dá pra refazer o percurso umas 5 ou 6 vezes e, ainda assim, sempre reparar em algo novo. Outro ponto alto fica para a sonorização e ambientação das áreas, com MUITA (muita!!!) fumaça, água, areia em Karnak e até mesmo fogo em Os 4 Elementos. Já as luzes e strobos, apesar de, no nosso ponto de vista, estarem muito fortes, também colaboram para um ambiente mais divertido e tenebroso.

    Voltando nossos olhares, agora, para os personagens, acreditamos que há muito a ser melhorado. Novamente, as caracterizações em si estão impecáveis, maquiagens extremamente detalhadas e impressionantes, no entanto, tudo isso acaba sendo "desperdiçado" pela maior parte dos atores que não entram muito no personagem e preferem ficar parados próximos aos cenários apenas encarando as pessoas. Contamos nos dedos aqueles que realmente se esforçavam para assustar as pessoas e pegar elas de surpresa enquanto estão desavisadas, mesmo com tantos lugares para que eles se escondam e possam arrancar bons gritos. Tudo isso, é claro, pode e sabemos que vai ser melhorado ao longo das próximas semanas de evento, como Hopi Hari sempre fez, então, seguimos na torcida por essa evolução contínua até o dia 28 de novembro, quando acaba a HDH XX.
    






    Nossa última observação é, de fato, com relação ao horário do evento/abertura do parque em si. Talvez, abrir 11h30 para fechar às 21h e não 20h30 pudesse oferecer um ambiente ainda melhor para um evento que começa às 18h30, um horário em que ainda não está exatamente "de noite". Até mesmo, estender essa meia horinha, talvez? Vemos que, dependendo da lotação, o tempo de HDH pode não ter sido suficiente pra muita gente que acabou ficando presa nas filas das atrações por mais tempo do que esperava (numa parada técnica, por exemplo) e pode ter perdido sua chance de conferir a trilha. 

    Opinião geral

    Vale se aventurar em Déjàvu? Com toda a certeza. Vai estar cheio? Cheio, não, mas lotadíssimo, sim. Tenha em mente que, se quiser aproveitar as atrações mecânicas, você vai precisar ir numa sexta-feira. Caso contrário (exceto se você puder comprar o VIP Pass), seja aos sábados, domingos ou feriados, você precisa aceitar o fato de que é a maior temporada do parque, em um período em que muita gente já abandonou a quarentena, de forma precoce, devido ao avanço da vacinação no país, e que, por esses e outros motivos, estará cheio. 

    Então, vale a pena ir mesmo assim? Vale. Basta ajustar suas expectativas e ter seu foco concentrado no evento, que está demais e deve entregar ainda mais com o passar das primeiras semanas de ajustes. Tirando isso, torcemos para que o parque também trabalhe para resolver, na medida do possível, erros que podem gerar um grande impacto negativo na experiência geral de cada visitante, como, por exemplo, uma contratação adicional URGENTE de funcionários temporários para essa época. Shows, como Alice no País Mais Divertido do Mundo, que seguram muita gente, precisam ter mais de uma sessão no dia!

    Planeje-se, chegue cedo, compre seu ingresso antecipado e evite atrações como a Montezum no início do dia (ficamos exatas 2 horas e meia no final do dia, enquanto pessoas que foram no início, além de terem pego muito mais filas, ficaram expostas no sol todo o tempo). Uma boa dose de paciência e animação também são fundamentais para dar conta do recado! De resto, só desejamos o sucesso para mais essa edição de Hora do Horror e, pra você que vai curtir Vidutus e todas as suas criaturas... bom proveito!

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