O Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e a Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra), as duas principais instituições do setor de parques do Brasil, realizaram um estudo junto à empresa Noctua com números bastante interessantes sobre o panorama nacional. O estudo traz dados atualizados a respeito de número de visitantes, perfil de público, geração de empregos, investimento para os próximos anos e outros.
Para começar, é importante trazer a definição de cada categoria presente no estudo:
- Parques aquáticos: Possuem atrações relacionadas à água com cinco ou mais atrativos.
- Parques naturais: Áreas destinadas ao lazer ativo ou passivo, à preservação da flora e da fauna, bem como à melhoria ambiental nas cidades.
- Parques temáticos e de diversão: Empreendimentos em local fixo, não itinerante, com cinco ou mais atrações.
- Parques itinerantes: Parques de diversão que se deslocam entre cidades.
- Atrações turísticas: Atrações voltadas para turistas, com tempo de visitação estimado em até 2h. Exemplo: rodas gigantes, aquários, etc.
- FEC: Centro de entretenimento familiar. Geralmente localizado em um complexo comercial, turístico ou de entretenimento. Oferece uma combinação de atividades indoor, como jogos eletrônicos.
Pelas definições, deve-se atentar a possíveis nuances de alguns tipos de empreendimentos, já que agrupamentos não tão bem estruturados de cinco atrações também podem configurar parques de diversão durante a pesquisa, por exemplo, além das atrações por si só não estarem definidas.
Dito isso, vamos aos principais achados:
- Oferta atual e faturamento somados das categorias apresentadas acima: +89 milhões de visitantes e +R$7,1 bi
Fonte: Noctua, Sindepat e Adibra, 2023 |
- Número de estabelecimentos de cada categoria
- Perfil de visitante de cada categoria
Tendência de perfil familiar com crianças
- Capacidade e Ocupação média de cada categoria
Parques aquáticos e de diversão possuem média de 23% e 24% de taxa média de ocupação
- Gasto médio dos visitantes
- Frequência de novos investimentos, como novas atrações
Parques fixos e atrações turísticas possuem maior taxa de falta de período indefinido para novidades
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- Investimentos nos próximos anos
Planos somam +R$3,7 bilhões ao todo, média de R$ 13,1 milhões por empreendimento. Maior parte está prevista para 2026+
- Principais impulsionadores do crescimento de orçamento dos empreendimentos
Aumento do preço do ingresso e número de visitantes norteiam o planejamento de crescimento
- Novos investimentos identificados por categoria
O estudo aponta planos de 13 novos parques temáticos e de diversão, e 18 novos parques aquáticos, com média de R$ 152 milhões por projeto
- Perfil de visitante dos novos projetos
Fonte: Noctua, Sindepat e Adibra, 2023 |
- Estágio dos novos projetos
- Previsão de abertura dos novos projetos
Previstos para 2023, estão 13 parques, entre aquáticos e de diversão/temáticos
Pelos resultados mostrados, o cenário de crescimento do setor é favorável tanto a curto quanto médio prazo, com diversos novos empreendimentos com planos de investimento e outros trazendo mais novidades.
Outro ponto de destaque é o perfil familiar ganhando cada vez mais importância não só no Brasil, como no resto do mundo. Parques como Six Flags e Cedar Point, sempre conhecidos por sua radicalidade, já estão considerando aumentar seu leque de atrações para famílias, enquanto o Beto Carrero, com as novas áreas Cowboyland e NERF Mania, e o Hopi Hari, que anunciou duas atrações de menor porte, também corroboram com este dado.
Para finalizar, podemos esperar aumento dos preços e maior número de visitantes em média nos empreendimentos por aqui, o que sempre gera discussões polêmicas na comunidade parqueira.
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